Wednesday, February 15, 2012

Η Ελευθεροτυπία των εργαζομένων, πρωτοσέλιδο σε μεγάλη γερμανική εφημερίδα

Το απεργιακό φύλλο των εργαζομένων στην Ελευθεροτυπία έγινε θέμα σε γερμανική εφημερίδα. Στον υπότιτλο η taz.die tageszeitung γράφει: «Έτσι παλεύουν οι έλληνες δημοσιογράφοι για την εφημερίδα τους»
 
Πατήστε εδώ για να δείτε το πρωτοσέλιδο της γερμανικής εφημερίδας σε  μεγαλύτερο μέγεθος







Πληθαίνει ο αριθμός των δημοσιευμάτων στον ξένο τύπο που αναφέρονται στην απεργιακή έκδοση των εργαζομένων της "Ε" :



Grécia: A difícil luta pela sobrevivência do Eleftherotypia

    Número de Documento: 13808596 

Lisboa, Portugal 14/02/2012 13:03 (LUSA) 
Temas: Economia, Negócios e Finanças, conjuntura, Media, imprensa, Greve, Política
   
*** Pedro Caldeira Rodrigues, enviado da Agência Lusa ***
Atenas, 14 fev (Lusa) - Os 800 trabalhadores do diário de referência Eleftherotypia, incluindo 250 jornalistas, não recebem salários há sete meses e o periódico desapareceu das bancas em dezembro, mas insistem em retomar o projeto pelo menos uma vez por semana, já na próxima quarta-feira
O Eleftherotypia (Liberdade de Imprensa) foi fundado um ano após a queda da Junta militar, quando a Grécia vivia a euforia do regresso à democracia. Depressa se afirmou como um dos mais conceituados diários de toda a Grécia.
Identificado com um "jornal de esquerda" num período de grande radicalização política, vendia pelo menos 30.000 exemplares diários (15.000 em Atenas), mas a edição aos fins de semana, em particular aos domingos, ultrapassava os 100.000, número que lhe garantia boa saúde financeira.
"Não recebemos salários há sete meses. Os problemas começaram em meados de julho, quando a X. K. Tegopoulos, a empresa privada que detém o jornal, nos informou que estava a negociar um novo empréstimo bancário para uma reestruturação", refere Moisis Litsis, 50 anos, jornalista da secção de Economia e membro da comissão de trabalhadores.
"Em princípio, o empréstimo destinava-se sobretudo a financiar rescisões voluntárias mas nas assembleias defendi que não seria possível, porque hoje nenhuma empresa privada garante empréstimos bancários devido à crise", indica num café do centro de Atenas, acabado de regressar do aeroporto onde deixou a mulher e a filha mais velha que seguiram para Braga, onde a jovem estudante universitária vai cumprir seis meses do programa Erasmus.
"A minha mulher é tradutora mas está sem emprego. Temos ainda um filho com 17 anos, que está a acabar o liceu. Neste momento, quem nos ajuda são familiares próximos", lamenta.
As previsões de Moisis confirmaram-se, e desde agosto os 800 trabalhadores - a empresa possui uma gráfica definida como "uma das maiores dos Balcãs" - apenas receberam o subsídio de natal, em dezembro.
Após uma intensa discussão interna, e que motivou divisões entre os jornalistas "porque alguns mantinham a esperança de ser garantido um empréstimo e também receavam a concorrência dos outros jornais", iniciaram uma greve em meados de dezembro, que se mantém.
A grave recessão da Grécia, a crise do mercado publicitário, os equívocos dos proprietários são razões apontadas por Moisis para a difícil situação do jornal, onde trabalha desde 1997.
A crise também atingiu de forma implacável o universo mediático, com mais de 4.000 jornalistas despedidos nos últimos dois anos e pelo menos cinco títulos e um canal de televisão encerrados nos últimos meses, ou com salários em atraso.
"Diversos proprietários dos media estão a forçar os jornalistas a assinar acordos individuais de trabalho [previstos no novo resgate com a ‘troika’ aprovado domingo no Parlamento] e quando ainda vigoram os acordos coletivos. Muitos trabalhadores aceitaram, muitos salários foram reduzidos, e após essa medida começaram a despedir as pessoas", relata.
No Elefhterotypia, apesar das indecisões e receios internos, foi votada por maioria uma greve antes do natal e outra para o final do ano, mas a administração da empresa recorreu de imediato ao ‘layoff’.
"A decisão foi baseada no artigo 99, que protege os credores. Agora, o caso terá de ser resolvido pelos tribunais, mas as sessões têm sido adiadas devido a diversas greves convocadas pelos advogados", explica.
"Se o tribunal aceitar o recurso da empresa, estamos em perigo de perder dinheiro, incluindo os trabalhadores que fizeram rescisões voluntárias mas que ainda não receberam a indemnização prometida. Isso revoltou ainda mais as pessoas e deste então estamos em greve permanente", adianta.
O processo de luta não implica no entanto a desistência de um projeto jornalístico que reivindica como uma das suas coroas de glória "a grande importância na vitória do PASOK 1981, um momento histórico para os gregos".
Na ocasião, e pela primeira vez na história contemporânea da Grécia, um partido de tendência socialista chegava ao poder com a vitória de Andreas Papandreou, pai do ex-primeiro-ministro George Papandreou, ainda o atual líder do partido.
"Mesmo nos tempos gloriosos do PASOK no final da década de 1980, o jornal foi muito crítico e denunciou diversos escândalos de corrupção, e também não poupou o último governo dos socialistas de George Papandreou, que assinou o primeiro acordo com a ‘troika’", precisa.
Após prolongados debates internos, os jornalistas decidiram por maioria avançar com a publicação de um número autónomo, que deveria ter sido saído para as bancas no sábado mas foi adiado para quarta-feira, ao preço de um euro, trinta cêntimos mais barato do que os restantes diários.
O jornal vai ser produzido em vários locais - "podemos escrever os textos em qualquer situação", realça -, porque a empresa desativou o sistema informático do jornal e impediu a impressão na sua gráfica.
"Dissemos que o jornal não teria os artigos assinados para proteger os jornalistas, podem ocorrer diversos problemas. Agora, queremos publicá-lo na próxima quarta-feira, o objetivo é publicá-lo enquanto nos mantivermos em greve, talvez uma edição semanal, de início", assegura Moisis.
O novo projeto está a ser apoiado pelos sindicatos "que forneceram algumas contribuições" e por muitos leitores do jornal e camaradas de profissão "que aparecem na redação para deixar produtos alimentares e palavras de incentivo", afirma com convicção.
"Vale a pena este desafio, as pessoas ainda acreditam que haverá uma solução, o regresso ao trabalho com menos salário, mas não acredito que possa acontecer. Agora, vivemos um período muito difícil e tudo acontece muito depressa", nota o jornalista, empenhado com os seus companheiros de profissão em não deixar morrer o projeto do Eleftherotypia.
PCR
Lusa/Fim

3 comments:

Anonymous said...

Βλέπω ότι η γνώμη των γερμανών "ανεβαίνει" και η απόφαση του δικαστηρίου δεν υπάρχει πουθενά.
Συγχαρητήρια για την ενημέρωση!

Anonymous said...

Πρόσεξε μη δαγκώσεις καμιά γλώσσα και πάθεις δηλητηρίαση. Στερείς στον εαυτό σου ακόμα και τη δυνατότητα να καταλάβεις πόσο σημαντικό είναι να καλύπτεται από ΜΜΕ μια τόσο σημαντική κινητοποίηση εργαζομένων. Επίσης στερείς στον εαυτό σου τη δυνατότητα να χαρεί με μια συλλογική προσπάθεια.

mkaliaropoulou said...

Επωνύμως, τα σχόλια αξίζουν περισσότερο.